quarta-feira, setembro 28, 2011

A Descoberta Do Século????

 

Não, ainda não descobrimos o elixir da imortalidade (e Deus queira que não seja tão cedo…) mas o CERN – o maior centro de pesquisas científicas do planeta inteiro – acabou de jogar uma bomba numa das clip_image002maiores convicções da Ciência: a teoria de que nada viaja mais rápido do que a luz.

Nada? Pelos vistos… não. Há cerca de uma semana atrás, os jornais, rádios, podcasts, sites, blogs e televisões do mundo inteiro ficaram estupefactos quando receberam a notícia de que existe uma pequena, pequeníssima, microscópica partícula que consegue viajar mais rápido do que a luz. Essa partícula chama-se neutrino e, segundo a wikipedia, é uma partícula subatómica dificilmente detetável devido à sua pequeníssima massa corporal, carga neutra e pouca interação com a matéria. No entanto, a deteção de neutrinos é importante para se levantar os meios de observação direta das reações termonucleares no interior do Sol.

terça-feira, setembro 27, 2011

Acabaram-se As Touradas Na Catalunha

 

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Para os defensores dos direitos dos animais, foi (perdoem-nos a expressão…) “Festa Brava”. Para os aficionados da Tauromaquia foi dia de grande tristeza e luto. Eis uma tradição com longos e longos séculos que chegou ao fim, como muitas outras que, por aqui e por ali, vão perdendo a sua força e os seus fãs. No dia 25 de Setembro a emblemática praça Monumental da Barcelona acolheu a sua última tourada. Os bilhetes esgotaram, os pósteres viraram já objetos de culto – e estão a ser vendidos a peso de ouro – e os fãs deste espetáculo, de lágrimas nos olhos, levaram para casa uma porção de terra desta famosa arena. À saída, houve outro tipo de “festa”, mas desta vez entre humanos: amantes da tourada e aficionados anti tourada fizeram um show “bem maneiro”, desta vez com uma sessão de pugilismo, para grande alegria dos jornalistas que ali estavam à espera de um outro tipo de sangue.

segunda-feira, setembro 26, 2011

Livro Da Semana

Cem Anos de Solidão, de Gabriel García Márquez

De todos os livros que saíram da mão deste escritor colombiano, Cem Anos de Solidão é o mais famoso e o mais clip_image002aclamado de todos, embora, segundo o próprio autor, a sua obra preferida tenha sido o lindíssimo e tristíssimo Ninguém Escreve ao Coronel, uma espécie de O Velho e o Mar da América do Sul. Gostos à parte, este romance celebrizou-o para a posteridade, e, na opinião de muitos críticos, García Márquez foi o último grande contador de histórias do século XX. O próprio Pablo Neruda considerou esta obra-prima da literatura como sendo o melhor livro escrito em castelhano desde D. Quixote.

A intriga deste romance ocorre numa aldeia imaginária, de nome Macondo, e narra a longa história da família Buendía-Iguarán, um clã bizarro e fascinante, poderoso, apaixonado e amaldiçoado. De facto, quando o sábio cigano Melquíades visita Macondo e trava amizade com José Arcádio Buendía, elabora um monte de pergaminhos escritos na língua Sânscrita e cujo assunto é o passado, presente e futuro desta longa linhagem de guerreiros impulsivos, místicos carnais e mulheres de força telúrica.

sexta-feira, setembro 23, 2011

Lição de Vida – Quando é que somos verdadeiramente humanos?

 

“Se”

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Se consegues manter a calma quando à tua volta 
Todos a perdem e te culpam por isso, 
Se consegues manter a confiança em ti próprio quando todos duvidam de ti, 
Mas fores capaz de aceitar também as suas dúvidas; 
Se consegues esperar sem te cansares com a espera, 
Ou, sendo caluniado, não devolveres as calúnias; 
Ou, sendo odiado, não cederes ao ódio, 
E, mesmo assim, não pareceres paternalista nem presunçoso;

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Se consegues sonhar – e não ficares dependente dos teus sonhos; 
Se consegues pensar – e não transformares os teus pensamentos nas tuas certezas; 
Se consegues defrontar-te com o Triunfo e a Derrota 
E tratares do mesmo modo esses dois impostores; 
Se consegues suportar ouvir a verdade do que disseste,
Transformada, por gente desonesta, em armadilha para enganar os tolos, 
Ou ver destruídas as coisas por que lutaste toda a vida, 
E, mantendo-te fiel a ti próprio, reconstruí-las com ferramentas já gastas;

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Se és capaz de arriscar tudo o que conseguiste 
Numa única jogada de cara ou coroa, 
E, perdendo, recomeçar tudo do princípio, 
Sem lamentar o que perdeste; 
Se consegues obrigar o teu coração e os teus nervos 
A ter força para aguentar mesmo quando já estão exaustos, 
E continuares, quando em ti nada mais resta 
Que a Vontade que lhes diz: “ Resistam!” ;

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Se consegues falar a multidões sem te corromperes, 
Ou conviveres com reis sem perderes a naturalidade, 
Se consegues nunca te sentir ofendido 
Seja por inimigos, seja por amigos queridos; 
Se todos podem contar contigo, mas sem que os substituas; 
Se consegues preencher cada implacável minuto 
Com sessenta segundos que valham a pena ser vividos, 
É tua a Terra e tudo o que nela existe, 
E – o que é ainda mais – então, meu filho, 
Serás um Homem.

Rudyard Kipling

.Imagens retiradas de: 1   2   e  3

quinta-feira, setembro 22, 2011

O Triunfo Dos Livros Digitais

 


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As gerações mais velhas não lhes acham piada literalmente nenhuma: não têm o glamour dos livros originais, não têm o cheirinho agradável do papel novo, não são agradáveis ao toque… Enfim, são uma coisa digital qualquer sem alma e sem o toque humano. Porém, as estatísticas mostram um fator interessante: os jovens estão, de fato, a ler mais, graças aos e-books e audiobooks. E desde que as empresas audible.com e Kindle tomaram conta do mundo, são cada vez mais os clientes que optam por comprar o novo grito da moda, em vez de escolherem o velhinho e empoeirado calhamaço.

Pela minha parte, eu confesso: sou uma romântica. Continuo a preferir o livro no formato “antiquado”. Todavia, não me incomoda nada comprar um e-book ou até escutar um audiobook. Há, de fato, imensas vantagens a ter em conta, se apostarmos nestes novos dois formatos. Ora vejam:

quarta-feira, setembro 21, 2011

Hoje É O Dia Internacional Da Paz

 

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Imagine

Imagine que não há paraíso

É fácil se você tentar

Nenhum inferno abaixo de nós

Acima de nós apenas o céu

Imagine todas as pessoas

Vivendo para o hoje

Imagine um mundo sem países

Não é difícil fazê-lo

Nada por que lutar ou morrer

E nenhuma religião também

Imagine todas as pessoas

Vivendo a vida em paz

Você pode dizer

Que eu sou um sonhador

Mas eu não sou o único

Eu tenho a esperança de que um dia

você se juntará a nós

E o mundo será como um só

Imagine um mundo sem posses

Pergunto-me se você consegue

Sem necessidade de ganância ou fome

Uma irmandade humana

Imagine todas as pessoas

Compartilhando todo o mundo

Você pode dizer

Que eu sou um sonhador

Mas eu não sou o único

Eu tenho a esperança de que um dia

Você se juntará a nós

E o mundo será como um só.

John Lennon (Imagine, tradução)

John Lennon – Imagine (com legendas)

 

Imagem retirada daqui

terça-feira, setembro 20, 2011

Bibliomúsica

 

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“Podes culpar-me por tudo o que faço em nome de Deus” é o refrão da canção What God Said, escrita e cantada por uma estrela em ascensão: Anthony David é um negro americano habituado a ler, a pensar, a questionar o mundo à sua volta, e em vez de ter escolhido o típico caminho da maior parte dos afro-americanos – o gospel ou o hip hop – optou por criar uma música mais mainstream e mais “cantante”, que tanto foca o amor e o erotismo, como também foca as grandes questões do mundo de hoje. Neo-Soul, é como agora lhe chamam .

As Above, So Below é o seu novo álbum. Divirtam-se.

Anthony David – God Said

 

Anthony David – 4Evermore

 

Imagem retirada daqui

segunda-feira, setembro 19, 2011

Livro Da Semana

 

O Menino no Espelho, de Fernando Sabino

Longe vão estes tempos… A história passa-se no século passado, muito antes de existir a internet, o telemóvel, os jogos de computador. O mundo era (ainda) cor-de-rosa, a Humanidade ainda tinha esperança e acreditava em futuros melhores. E neste mundo (ainda) cor-de-rosa, um menino sonhador e apaixonado pela vida - como todas as crianças felizes devem ser – encontrava-se entretido a brincar com as poças de água quando um homem misterioso decide meter conversa com ele. Palavra puxa palavra, criança e adulto trocam adivinhas, riem, contam as suas vidas e estabelecem uma confiança instantânea. E é aí que o mistério se aprofunda:

O homem disse que tinha de ir embora — antes queria me ensinar uma clip_image002coisa muito importante:
— Você quer conhecer o segredo de ser um menino feliz para o resto da sua vida?
— Quero — respondi.
O segredo se resumia em três palavras, que ele pronunciou com intensidade, mãos nos meus ombros e olhos nos meus olhos:
— Pense nos outros.
Na hora achei esse segredo meio sem graça. Só bem mais tarde vim a entender o conselho que tantas vezes na vida deixei de cumprir. Mas que sempre deu certo quando me lembrei de seguir, fazendo-me feliz como um menino.

Só no fim do livro é que percebemos quem foi este amigo de apenas um dia, pois este nunca mais voltou. Mas O menino no espelho é uma obra autobiográfica, com umas boas pinceladas de magia e ingenuidade infantil: Fernando Sabino guarda com saudades a criança que foi. Esta criança que ensinou uma galinha a falar, tinha uma sociedade secreta, voava e fazia milagres, falava e brincava com o seu sósia no espelho, apaixonou-se pela sua prima e quis “tramar” o seu namorado. Esta criança encantava-se com aquilo que só uma criança pode compreender e amar:

Quando chovia, no meu tempo de menino, a casa virava um festival de goteiras. Eram pingos do teto ensopando o soalho de todas as salas e quartos. Seguia-se um corre-corre dos diabos, todo mundo levando e trazendo baldes, bacias, panelas. (…). Os mais velhos ficavam aborrecidos, eu não entendia a razão: aquilo era uma distração das mais excitantes. (…) Os diferentes ruídos das gotas d’água retinindo no vasilhame, acompanhados do som oco dos passos em atropelo nas tábuas largas do chão, formavam uma alegre melodia, às vezes enriquecida pelas sonoras pancadas do relógio de parede dando horas.

Este livro não é um livro só para crianças, é uma homenagem à infância e a todos aqueles que se recusaram a matar o/a menino/a dentro de nós, e que ainda hoje se encantam com um teto cheio de goteiras ou um dia cheio de milagres. “Pense nos outros”, disse o misterioso homem, antes de desaparecer. E tinha razão: quando pensamos nos outros, aquilo que somos deixa de ser importante. E a criança (ainda) dentro de nós pode voltar a respirar.

Imagem retirada daqui

Voltámos!!!!

 

Bem-vindos a mais um ano letivo. A confusão, a alegria, os grupos de amigos, as bichas no bar, os trabalhos de casa, os professores e alunos stressados, os manuais pesados, as mochilas enormes, o frio que vem aí mais o guarda-chuva à espreita, tudo isto nos espera por mais uns bons nove meses. E para começarmos o ano bem-dispostos, aqui vos deixamos, à semelhança do ano passado, uns cartoons bem divertidos.

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“Psst. Como é que tu ligas esta coisa?”

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“Malditos cortes orçamentais.”

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“Meu Deus! Elas levam mesmo a sério a compra dos materiais escolares!”

Cartoons retirados daqui e daqui